Tableau Arte & Leilões

Leilão HOJE - Primeira Noite

RAPHAEL FREDERICO (1865 - 1934) - Pintor, desenhista e professor nascido e falecido no Rio de Janeiro. Perdeu o pai na infância e sua educação foi assumida pela avó paterna que o orientou a matricular-se na Escola Naval. Em 1877, porém, matriculou-se na Academia Imperial de Belas Artes (Aiba) e mudou-se com a mãe para um casebre no Morro de São Januário. Ambos sobreviveram da confecção de paramentos religiosos. Por conta de dificuldades materiais, só conseguiu concluir os cursos da Academia apenas na década de 1890. Foi aluno de Victor Meirelles e de Agostinho da Motta. Envolveu-se na disputa entre positivistas e modernos (ou “os novos”) em torno da renovação do ensino artístico na Academia, no fim dos anos 1880. Frequentou o Atelier Livre, formado pelo grupo dos novos, fora da Aiba. Em 1890, integrou exposição na sede do ateliê, ao lado de Eliseu Visconti, Fiuza Guimarães, Bento Barbosa e França Júnior. Em 1893, conquistou o Prêmio de Viagem à Europa no concurso anual da Escola Nacional de Belas Artes (Enba), concorrendo sob o pseudônimo “Brasil”. Viajou no ano seguinte, fixando-se em Paris, onde estudou com o pintor francês Pascal Dagnan-Bouveret. Em 1896, transferiu-se para Roma, onde realizou estudos e cópias. Enviou-os à Enba, e conviveu com Zeferino da Costa de quem foi assistente nos projetos para decoração da Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro. Retornou ao Rio (1899), no mesmo ano em que obteve Medalha de Ouro, por um conjunto de aquarelas apresentado na Exposição Geral de Belas Artes. Participou da Exposição Geral de Belas Artes, RJ (1884, 1890 – Menção Honrosa, 1896, 1899,1900 a 1906, 1913); da Exposição Atelier Livre, RJ (1889). A partir de 1914, abandonou a produção artística e deixou de frequentar Salões e exposições de arte. Dedicou-se ao magistério, lecionando desenho em estabelecimentos de ensino públicos e privados, no Rio de Janeiro. O Museu Nacional de Belas Artes, RJ, organizou uma retrospectiva de sua obra em 1951. PONTUAL PÁG. 224; MEC VOL. 2, PÁG. 208; ITAÚ CULTURAL.